A colonização de Paracatu remonta ao período da minaração em Minas Gerais, com a descoberta de pedras preciosas (ouro e diamantes) no final do século XVII, e início do XVIII. Neste momento foram fundados os primeiros povoados: Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo-Mariana; Vila de Nossa Senhora da Conceição do Sabará e Vila Rica (todas em 1711); São João Del Rei (1713); Vila Nova da Rainha -Caeté (1714); Nossa Senhora da Piedade do Pitangui (1715).
A origem do povoamento se deu a partir da descoberta de ricas jazidas de ouro e prata na região, pelas bandeiras dos Caldeira Brant e de José Rodrigues Fróes. Entretanto, os primeiros a chegarem a região foram os irmãos Felisberto e Francisco Caldeira, fugidos da Comarca do Rio das mortes (São João Del Rey), no ano de 1731, acusados de atirarem no Ouvidor.
De acordo com Olympio Gonzaga "o arrial de Sant'Anna se dessenvolveu rapidamente, ergendo-se diariamente inumeras palhoças por queles sítio e destacou-se entre elas a morada dos Caldeiras. Com sua enorme escravatura, composta de africanos e índios mansos, os Caldeiras recolhiam diariamente, em surrões de couro, milhares de oitavas de ouro em pó, extaídos no leito do córrego Rico e suas margens".
Logo depois, uma numerosa Bandeira comandada José Rodrigues Fróes, saiu da Bahia e chegou a Paracatu, se orientando pelo roteiro do Anhanguera. Seguiram as margens do Rio São Francisco até chegar ao encontro do Rio Paracatu, e depois foram a procura do leito do córrego São Domingos, pois este local estava assinalado no documento como sendo rico em pedras preciosas.
Assim fundaram o novo povoado nas margens do Córrego Rico, recebendo o nome de Arraial de Sant'Anna. |