A “Expedição
Paulo Bertran: a procura do ouro do Urbano” é um projeto
pedagógico interdisciplinar que propicia ao professor trabalhar
uma nova abordagem sobre a nossa região, principalmente
nas disciplinas Geografia e História, transformando a área
descrita pelo bandeirante Urbano do Couto Menezes num espaço
destinado a implementação de novas práticas pedagógicas:
uma sala de aula a céu aberto, localizada num belíssimo
cenário natural, “arrodeado” de lagoas, serras,
campos abertos, cachoeiras... Em geografia pode-se estudar a hidrografia
do Planalto Central, pois ali se encontram as nascentes tributárias
da bacia Amazônica, Platina e São Francisco, enquanto
que em história pode ser feito um trabalho voltado para a memória
dos antigos moradores. Este tema também poderá ser trabalhado
em outras disciplinas.
No dia 02 de outubro
de 2014, membros do Instituto Cerratense, Fup (UnB Planaltina), UNIFAM,
Centro Educacional 02 de Planaltina realizaram uma primeira atividade
no local a fim de construir um projeto que atenda aos interesses dos
alunos e professores. Este projeto será realizado anualmente
em homenagem a Paulo Bertran, que nos deixou em 02/10/2005.
A história
No decorrer do século
dezoito, Urbano do Couto Menezes, um lendário personagem da
história da região do Distrito Federal, enviou uma carta
à rainha de Portugal, D. Maria I, a Louca, informando sobre
uma mina de ouro que acabara de descobrir, possivelmente nas proximidades
das Águas Emendadas. Ele também cita as lagoas do Planalto
como referência no seu roteiro.
Falava Paulo Bertran
que Urbano deveria ser reconhecido como um dos personagens mais importantes
para a história do Distrito Federal, em reconhecimento ao extraordinário
serviço que realizou no Quadrilátero Cruls e arredores.
Reconheceu de forma detalhada, a área onde foi construída
a futura capital, cinqüenta anos antes da Missão Cruls;
dando nome a rios, morros, lagoas e dezenas de pontos geográficos.
Assim o personagem contribuiu de forma significativa para a toponímia
do DF. Em 1722, Urbano trilhou essa região como um dos membros
da bandeira do Anhanguera, no auge da mineração em Minas
e Goiás. Em 1736, foi contratado pelo governo colonial para
abrir a Picada de Goiás, estrada que ligava as duas capitanias.
Na década de 1740, foi o protagonista da lendária história
da mina de ouro perdida no coração do Planalto Central,
que ainda hoje, alimenta o imaginário de antigos moradores.
Alguns já escavaram as fazendas próximas a antiga propriedade
de Urbano, consultando mapas, na esperança de achar o tesouro. |