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SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO BISNAU
FORMOSA/GO


Por Liciane Carvalho


O Bisnau,  é um povoado de rara beleza, localizado nas margens da BR-20, depois de Formosa com belíssimo visual formado por cachoeiras, montanhas, cerrado de mata aberta e fechada, de grande importância para a história ambiental da nossa região. Constantemente, grupos de praticantes de esporte de aventura, ambientalistas, professores e alunos visitam o local, a maioria sem nenhum tipo de orientação, guiados apenas por informações de moradores da loclidade.

 

 

 

 


Inúmeros vestígios deixados pelos caçadores coletores que habitavam essa região do Planalto Central, no mínimo há 8 mil anos atrás, são encontradas ao longo do vale do rio Paranã, dese suas nascentes até ao encontro com o rio Tocantins, na cidade de Paranã/TO. Artefatos líticos, pinturas em paredes de cavernas e inscrições talhadas em rochas são alguns desses vetígios, que na última década tornaram-se objetos de estudos de pesquisadores de várias universidades e de outras instituições de ensino. Assim, grande parte deles foram cadastrados pelo IPHAN/GO e passaram a ser monitorados pelos órgãos governamentais.

 


 

 

A Pedra do Bisnau é um grande lajedo de formação calcária que contém, em sua superfície, inúmeras inscrições talhadas em baixo relevo,  cujos significados sugerem representações da chamada tradição astronômica.

Segundo a interpretação de Paulo Bertran, as inscrições  talhadas no lajedo do Bisnau devem ser observadas como um todo, no seu conjunto, para se chegar a uma leitura plausível: “com certa imaginação podemos visualizar nesses astrônomos do Planalto Central a representação de uma constelação da ‘Ema’ ou da ‘Anta’, com pontos interligando astros maiores com menores e, na parte mais  baixa do lajedo, pode-se visualizar na própria rocha cor-de-rosa, resíduos fósseis (ritmos) daquele grande mar interno de milhões de anos atrás, hoje com suas areis solidificadas” .

Alí também existe um imenso muro de pedra que corta toda a região, seguindo rumo a Buritis de Minas. Esse muro foi construído com pedras encontradas nas proximidades,  com aproximadamente 1m de altura, cujo objetivo era dividir as fazendas coloniais, impedindo a passagem do gado de uma propriedade para outra.

 



 

 

A principal cachoeira, localizada numa fazenda antes da Pedra do Bisnau, não é de fácil acesso, onde os visitantes necessitam de bastante cuidado para se chegar até o poço principal.

Dentre seus frequentadore há uma unaminidade sobre a importância da preservação daquele patrimônio, adotando medidas para inibir as ações de alguns poucos que depredam o local, entretanto, quase nada tem sido feito, nem pelas autoridades governamentais e tão pouco pelos defensores da causa ambiental.

"Muitos visitantes sujam o local, riscam o lajedo onde se encontram inscrições rupestres, entretanto a partir da iniciativa do ambientalista aventureiro Fábio Miguel, conhecido entre os praticantes de esporte de aventura como Fabio do Canyon, essa situação tende a mudar".


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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