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FLASH UCG – Universidade Católica de Goiás
Memória
Historiador Paulo Bertran  morre em Goiânia aos 56 anos

        (03/10/2005) - O Estado de Goiás perde um dos seus maiores nomes da pesquisa histórica, da cultura e da poesia. Morreu por volta das 16h30 deste dia 2, no Hospital Lúcio Rebelo, em Goiânia, vítima de parada cardiorrespiratória, o historiador Paulo Bertran Wirth Chaibub, que faria 57 anos no próximo dia 21. Hipertenso e diabético, ele já havia sofrido um enfarte no dia 3 de setembro, quando estava na cidade de Goiás, realizando pesquisa sobre o Cerrado, para dois livros que preparava, sobre Palmeiras de Goiás e Pirenópolis.

        Foi hospitalizado, mas recebeu alta dias depois, voltando a ser internado na terça-feira, no Lúcio Rebelo. "Ele queria ser livre e não se cuidava como devia. Era uma pessoa genial, muito ativa e extraordinariamente culta", diz a cunhada, a escritora Augusta Faro. O velório será realizado até as 13 horas de hoje no Cemitério Jardim das Palmeiras. Depois, o corpo será levado para sepultamento no Cemitério São Miguel, na cidade de Goiás, as 16 horas, no jazigo da família Fleury, que ele próprio escolheu.

       Nascido em Anápolis, Paulo Bertran era formado em Economia e fez doutorado em História na cidade de Estrasburgo (França). Se sobressaiu como pesquisador, reconhecido nacional e internacionalmente, autor de mais de uma dezena de livros sobre história - entre eles Notícia Geral da Capitania de Goiás, de 1996, e História da Terra e do Homem no Planalto Central, publicado em 2000. É de sua autoria também a coletânea de poesias Cerratenses, de 1998.

       Casado atualmente com Maria das Graças Fleury Curado, foi diretor-geral do Instituto de Pesquisas e Estudos Geográficos do Brasil Central da Sociedade Goiana de Cultura e professor das Universidades de Brasília (UnB), Federal (UFG) e Católica de Goiás (UCG). Integrou a Academia Brasiliense de Letras, Academia de Letras e Artes do Planalto e era sócio dos Institutos Históricos e Geográficos de Goiás, do Distrito Federal e São Paulo, além de compor a Academia Paulistana de História e ser membro da Organização das Nações Unidas para a Educação, Arte e Cultura (Unesco) Internacional. Teve três filhos, Frederico e Maria Paula, advogados, e André Gustavo, estudante.

        Colaborador do jornal O Popular, Paulo Bertran redescobriu, em 2002, a maior cidade de pedra do País, em Pirenópolis, na Serra dos Pireneus. A cidade (descoberta em 1871), que foi objeto de reportagens do jornal, no início do ano, tem cerca de 500 hectares e abriga formações rochosas espetaculares que impressionam pela importância e dimensões.

Dossiê
       O pesquisador se tornou o responsável pela justificativa histórica do dossiê de reconhecimento da cidade de Goiás como Patrimônio da Humanidade e defendeu a candidatura do conjunto art déco de Goiânia a patrimônio nacional, bem como do tombamento da cidade de Cáceres (MT). "Ele montou parte do quebra-cabeças da trajetória do nosso povo e deixou informações preciosas e obras sólidas para as futuras gerações", afirmou Salma Saddi, superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do qual Bertran era membro do conselho consultivo.

 "O Paulo era uma pessoa irrequieta, curiosa, que sabia e lia de tudo", disse o ex-presidente da Saneamento de Goiás (Saneago), Wanderley Melo, amigo do historiador, que era também hábil pianista.

       O governador Marconi Perillo se manifestou sobre a morte de Paulo Bertran: "Foi um dos escritores e historiadores mais importantes do século passado, um homem comprometido com a cultura. Paulo Bertran assumiu papel fundamental na elaboração da escritura da história de Goiás", disse o governador. Marconi citou um dos livros do historiador, Goiás, de 1722 a 2002, com fotografias de Rui Faquini, e lembrou seu último trabalho de pesquisa, a história de Palmeiras de Goiás, um livro comemorativo do centenário da cidade, encomendado pelo próprio Marconi. "Ele vai fazer muita falta", assinalou. (Fonte: jornal 'O Popular', Goiânia, 3 de setembro de 2005. Texto de Marcondes Franco Filho)

Goiano filho da globalização

-  Nascido em Anápolis - Goiás, em 1948, filho de Tufi Cecílio Chaibub e Maria Helena Wirth Chaibub. Ele, descendente de árabe com goiana de tradicional família. Ela, filha de suiço franco-alemão com uruguaia basco-espanhola.

- Formado em Economia pela Universidade de Brasília, com pós-graduação em História e Planejamento pela Universidade de Strasbourg - França.

-  Escritor, com dezenas de artigos publicados em jornais, revistas e publicações especializadas. Fundador e primeiro editor do Jornal Cultural DF - Letras. Fundador e Coordenador dos Encontros de História do Planalto.

 Autor dos livros:

- "Formação Econômica de Goiás" - 1979.

- "Memória de Niquelândia" - 1985.

- "Uma Introdução à História Econômica do Centro-Oeste do Brasil" - 1988 (Prêmio Literário do Instituto Nacional do Livro - INL - 1989.

- "História da Terra e do Homem no Planalto Central" - 1994 (Prêmio Clio de História da Academia Paulistana de História - 1995).


-  "Notícia Geral da Capitania de Goiás" - 1997.

- "História de Niquelândia – 2ª edição revista e ampliada - 1998.

- "Cerratenses" - poesia - 1998.

- "Cidade de Goiás - maio 2002.

       Professor Universitário em Brasília e Goiânia (UnB, CEUB, Universidade Católica de Goiás, UFG). Economista, com atuações por diversos órgãos públicos e empresas privadas, fazendeiro e especialista em construções de casas de barro. Introdutor do conceito de Eco-História na moderna historiografia brasileira.

       Membro titular da Academia Brasiliense de Letras, da Academia de Letras e Artes do Planalto, da Academia Pirenopolina de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, do Instituo Histórico e Geográfico de Goiás, do Instituto Histórico de S.Paulo e de outras agremiações profissionais e culturais.

      Ex-conselheiro representante da região Centro-Oeste junto ao Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/Ministério da Cultura).

       Cidadão Brasiliense, por outorga da Câmara Legislativa de Brasília. Cidadão da Cidade de Goiás e da cidade de Niquelândia, por outorga de suas Câmaras.

        Criador, junto com Maria das Graças Fleury Curado, do Memorial das Idades do Brasil, em Brasília. Presidente do Instituto Bertran Fleury, OSCIP criada em 2003. (Fonte: www.paulobertran.com.br)

Fonte: www2.ucg.br/flash/Flash2005/Outubro05/051003bertran

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