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RPPN ENCANTA PROFISSIONAIS DO
TRADE TURÍSTICO DE CRISTALINA
Brasília, 09/07/2012 |
Professores do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UnB) que estão ministrando o Curso de Qualificação em Turismo, promovido pelo Projeto Observatório do Turismo Sustentável de Cristalina, levaram neste sábado (7) seu grupo de alunos, formado por empresários e trabalhadores da cadeia produtiva do turismo da cidade, a realizar uma visita técnica à Reserva Particular do Patrimônio Natural Linda Serra dos Topázios, localizada naquele município e distante 110 km de Brasília. Exemplo de conservação ambiental e ecoturismo, a RPPN foi criada em 1993 pelo jornalista e ambientalista Jaime Sautchuk, ao transformar 100% de sua propriedade (500 ha) em uma unidade de conservação da natureza reconhecida pelo ICMBio. “Foi uma experiência muito interessante e construtiva”, conta o biólogo e turismólogo Rogério Dias, professor do Núcleo de Sustentabilidade do CET/UnB e do curso em processo em Cristalina. “Sautchuk recebeu o grupo com muita hospitalidade e atenção, e sua sábia conversa sobre aspectos turísticos, históricos, geográficos e astronômicos da região surpreendeu o grupo e foi o grande destaque da visita ao local”, comenta o professor. Segundo sua descrição, a área possui cenários de imensa beleza natural, como as veredas e seus buritis, os campos repletos de sempre-vivas, os cerrados rupestres com seus intrigantes afloramentos rochosos e as paradisíacas corredeiras, quedas d'água e cânions.
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MAIS RIQUEZAS - A RPPN Linda Serra dos Topázios abriga alta biodiversidade e contribui para a conservação de recursos hídricos, com campos úmidos, nascentes e partes do Córrego Pedra Impé e do Ribeirão Topázio. Além dessa riqueza paisagística, biológica e hídrica, é também destaque do local a observação astronômica como atividade científica, educativa e turística. Favorecida pelo céu límpido de Cristalina, a atividade é incentivada por instituições acadêmicas, como o Inpe e a UnB, que há anos promovem pesquisas e eventos no local, segundo relata o professor.
Entretanto, embora exista há quase duas décadas, o atrativo ainda é pouco conhecido localmente. Jaime Sautchuk explicou o porquê, ao revelar que tem evitado uma divulgação que possa transformar o local em um balneário, e que prefere a visitação de ecoturistas. Mas os empresários da hotelaria que participaram da visita se mostraram empolgados e interessados em estabelecer parcerias com sua RPPN, para promoverem o ecoturismo e o turismo astronômico nesse atrativo e em Cristalina de maneira geral.
Rogério Dias conta ainda que outro precioso momento da visita foi quando dona Geralda, doceira e mestra de tradição oral da cidade, recitou um poema de sua autoria sobre a natureza da região e acabou, por isso, ganhando um abraço emocionado de Jaime Sautchuk. Na visita técnica anterior do grupo, feita ao atrativo Pedra Chapéu-do-Sol, e 30 de juho, a poeta citou outra poesia sobre as belezas do Cerrado. |
Este monumento geológico está localizado na Fazenda Sucupira, ao lado do Parque das Pedras, uma bela área de cerrado rupestre preservada ao lado do monólito, e nesse ambiente o grupo do Curso de Qualificação em Turismo fez uma trilha, admirando as belezas da fauna e da flora.
“Essas visitas técnicas são oportunidades para que representantes do trade turístico de Cristalina possam conhecer melhor os principais atrativos naturais do município, bem como analisar aspectos relacionados à sua conservação, interpretação e visitação”, ensina o biólogo e turismólogo professor da Universidade de Brasília Rogério Dias.
Ele conta que ainda na Fazenda Sucupira o grupo visitou as "catras", lavras de exploração de areia e cristal de quartzo, pertencentes à AMG Mineração e à usina de beneficiamento, que transforma o cristal em seixo rolado. A visita foi acompanhada pelo gerente de operações turísticas da Fazenda, Sérgio Cruz, que conversou com o grupo sobre as recentes ações de conservação e divulgação deste importante atrativo natural, além de explicar como funciona a mineração no local.
“De nossa parte”, esclarece Rogério Dias, “além de levantar questões sobre visitação turística e complementar informações sobre geologia e ecologia, destacamos a importância da preservação não só do monólito, mas de toda a paisagem natural do entorno, incentivando a criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) no local”. De acordo com o professor, essa proposta iria garantir a preservação de um rico patrimônio geológico e biológico, assim como agregar valor ao atrativo turístico e ampliar as oportunidades de visitação e educação ambiental.
(AT com RD/ CET-UnB)
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