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Lançamentos:
- Dia 16 de agosto, às 19h, no Museu Histórico de Planaltina
- Dia 21 de agosto, às 8h, no CERPIS, (Academia de Saúde) - Hospital Regional de Planaltina/DF
- Dia 31 de agosto, ás 16h, na Banca da Conceição - 308 sul
Ainda serão realizados lançamentos nos seguintes locais, em datas a serem confirmadas:
-Biblioteca de Sobradinho, Câmara de Vereadores de Planaltin/GO e Universidade de Brasília |
História de Planaltina em Documentos
A obra História de Planaltina em Documentos é resultado da seleção de fontes documentais e orais, reunidas pelo autor ao longo da última década, no qual se aborda uma narrativa remontando ao contexto histórico do Mestre d’Armas, ainda no período colonial da história do Brasil, se estendendo até o surgimento de novos bairros na cidade, na última década do século XX. De leitura bastante acessível ao público, está dividida em oito capítulos, incluídos 160 documentos antigos, fotos, mapas e depoimentos, essenciais para a historiografia da região.
O livro começa com uma viagem a história, indo de encontro ao Brasil colonial, ressaltando um personagem da região, conhecido como Mestre d’armas por sua habilidade no manejo de armas, que se instalou no centro do divisor de bacias do Planalto Central, situado ao longo de uma antiga picada que ligava a cidade de Salvador às recém descobertas minas de ouro em Goiás.
No segundo capítulo, o tema central é a interiorização da capital, com ênfase na Missão Cruls e seu legado para a cidade, que foi importante por concretizar a ideia de transferir a capital brasileira do litoral para o centro do país, mostrando inclusive o aparato constitucional que a sustentou. Consta da foto oficial da Missão Cruls, a imagem do Sr. Viriato de Castro, personagem histórico de Planaltina que atuou como guia da equipe que esquadrinhou a região que deu origem ao Distrito Federal.
A Pedra Fundamental, inaugurada em 1922, como parte da programação das comemorações do centenário da Independência do Brasil serve de bagagem para o terceiro capítulo. Tal fato repercutiu, fortemente, na mídia nacional se desdobrando na criação de empreendimentos imobiliários nos arredores do monumento, dando início a especulação imobiliária nas terras onde fora demarcado o Distrito Federal pela Comissão Exploradora do Brasil Central (Missão Cruls).
O leitor que está percorrendo os caminhos traçados nesse livro é convidado, no capítulo quatro, a conhecer a saga dos revolucionários da Coluna Prestes que passaram na cidade e arredores, no decorrer da segunda metade da década de 1920, deixando marcas profundas que permanecem na memória dos antigos moradores. Nessa época, surgiram na cidade personagens com trajetória relevante, que contribuíram com o progresso que chegara à região, a exemplo do Cel. Salviano Monteiro Guimarães, Alexandre Salgado, Deodato Louly e Victorino Benhviati, com ascendência italiana que se naturalizou brasileiro.
No quinto capítulo, são abordados fatos do período histórico que se inicia após a Segunda Guerra Mundial e se estende até a construção de Brasília (1946 a 1960). Nesse contexto, a cidade recebe a visita de três ilustres personagens que tiveram um papel importante na interiorização da capital: o primeiro foi o General Djalma Poli Coelho que presidia a Comissão de Estudos da Nova Capital (1946), sendo recebido pelo Dr. Hosannah Campos Guimarães, que logo depois se tornou governador de Goiás. Na década seguinte, o chefe da Comissão de Localização da Nova Capital, Marechal José Pessoa, esteve em Planaltina com a missão de convencer o prefeito Veluziano Antônio da Silva a aprovar um decreto na Câmara de Vereadores de Planaltina, garantindo a reversão das terras da Fazenda Bananal para o Estado de Goiás, onde seria construída a capital. Posteriormente, o presidente Juscelino Kubistschek visitou a cidade sendo recebido na Praça do Jenipapeiro com bastante entusiasmo pelos moradores da cidade.
Um cenário de expansão da cidade, a partir da inauguração de Brasília, é o tema central do capítulo sexto. Num primeiro momento, o núcleo antigo da cidade denominado de Setor Tradicional, se expande e recebe diversas obras de infra-estrutura e, simultaneamente, novos bairros são criados como a Vila Buritis e Vale do Amanhecer. Era o início do crescimento vertiginoso que se consolidou com a criação de outros bairros até a década de 1990. Merece destaque o depoimento de Estevão Cavalcante sobre a Viação Guaraciaba que adentrou os rincões do sertão da Fazenda Brasília (Planaltina de Goiás), São Gabriel, Córrego Rico, Água Fria e Mato Seco, abrindo estradas e transpondo trechos inóspitos. Todas essas localidades faziam parte de Planaltina, até a inauguração da capital.
O texto do livro também contempla a arte e cultura da cidade, que se encontra no sétimo capítulo. A narrativa se inicia com a história da Jazz Band Planaltina, criada durante a Segunda Guerra Mundial, e continua com a formação da Banda Santa Cecília pelo Maestro Otaviano Guimarães de Sousa que teve um papel de extrema importância na formação de músicos que se propagaram por toda a região, cujo trabalho foi levado adiante pelo Maestro Antônio Limeira. Mas o tempo presente também foi contemplado nesse capítulo, com a história da criação do Teatro Lieta de Ló idealizado por Preto Rezende, a Cia Língua de Trapo coordenada por Izabel Cavalcante e a entidade não governamental Ação e Esperança, que realizou um digno trabalho na formação da cidadania aos jovens do Vale do Amanhecer, sob a direção de Luiz Roberto (Beto).
O Capítulo oito é dedicado ao patrimônio cultural, de significativo valor histórico construído pelo povo de Planaltina, como a Pedra Fundamental, a Igrejinha São Sebastião, o Museu Histórico, a Via Sacra, a Festa do Divino Espírito Santo e o Encontro de Carros de Boi que foram reconhecidos, entre os anos de 1992 e 2017, por meio de leis sancionadas pelo Governo do Distrito Federal. Em 2018, foi a vez da Estação Ecológica de Águas Emendadas a ter reconhecimento internacional e receber o Escudo de Água e Patrimônio pelo ICOMOS-Holanda.
No último capítulo, o leitor poderá apreciar uma galeria com vinte e duas fotos que marcaram a história de Planaltina.
Robson Eleutério
Obs: Livro confeccionado em papel couchê com 160 páginas,
preto e branco, formato 20x27cm. |
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